Por Pati Venturini
Esse é um post que já deveria ter sido escrito. Afinal já faz alguns anos que estive em San Francisco. E vira e mexe, uma das lembranças boas daquela viagem foram as viagens solo que fiz testando as linhas de cable car que a cidade oferece. Sim, testei todas! Todas as 3 🙂
Convenientemente instalada na Union Square, não foi uma tarefa difícil. Os cable cars passavam na frente do hotel, vindos da Market Street, que também ficava a algumas quadras dali. Fiz todos os passeios de manhã, evitando assim filas e superlotação.
Duas dessas linhas circulam norte-sul em direção à baía, terminando pertinho do Fisherman’s Wharf: a Powell-Mason e a Powell-Hyde. Basicamente elas sobem a ladeira até Nob Hill e Russian Hill e aí bifurcam. A Powell-Hyde (a mais turística) passa pela famosa Lombard Street e termina na Ghirardelli Square, no final do Fisherman’s Wharf, enquanto a Powell-Mason termina no meio daquela área.
Já a terceira linha, a California, circula leste-oeste, começando na Van Ness Avenue, passando por Chinatown e terminando no Financial District, a uma distância caminhável do Ferry Building Marketplace. Não é muito turística.
Trata-se de um excelente meio de transporte se o dia está bonito e se você não se importa de caminhar algumas quadras para completar seus trajetos. San Francisco é uma cidade com ladeiras expressivas e vistas incríveis, seja da baía que se revela escandalosamente, seja das charmosas casas vitorianas que tornam a arquitetura da cidade tão incrível. O vento no rosto completa a experiência!
Os cable cars de San Francisco datam de 1873 e não utilizam energia elétrica. Com essa vibe vintage, claro que a procura por turistas é grande. Em alguns dias e horários as filas são inevitáveis e os espaços disputadíssimos. Para quem pretende utilizá-los da mesma forma que eu, com algumas paradas no meio do trajeto, pode ser interessante comprar um passaporte de um ou três dias.
Powell-Mason Line
O destino era o Fisherman’s Wharf, para uma caminhada matinal junto à baía. Fui ao início da linha, na Market Street, onde comprei o ticket e pude observar a manobra manual do cable car.
Dizem que a verdadeira aventura é fazer o trajeto de pé, mas meu lugar preferido é sentada na parte aberta, conferindo de pertinho as vistas e podendo fotografar tudo com mais comodidade.
E chego ao final da linha, no bairro que é conhecido por seus restaurantes e mercados de frutos do mar.
Como já tinha estado lá numa tarde bem movimentada, estranhei e adorei a calma do lugar naquele horário.
Passeios de manhã cedo fazem com que você se sinta um morador local. Que linda a vista de Alcatraz, a famosa ilha-prisão que já “hospedou” Al Capone.
Sigo em direção ao Pier 39.
O Pier 39 é um complexo de entretenimento com lojas, restaurantes, marina, muita vida marinha e vistas incríveis da baía, como não poderia deixar de ser.
O programa clássico e obrigatório é ver o banho de sol dos leões marinhos.
O visual de barcos, gaivotas e Golden Gate ao fundo fazem a alegria dos fotógrafos.
Antes de voltar, pausa na Boudin Bakery para comprar mais sourdough bread, o pão azedinho delícia de San Francisco.
Powell-Hyde Line
Dessa vez o destino era a Ghiradelli Square, o espaço da famosa marca americana de chocolates.
No trajeto, ruas tranquilas e arborizadas e lindas casas vitorianas.
Essa linha passa pela Lombard Street, uma das ruas mais sinuosas do mundo. Dá para fazer uma pausa antes ou depois de chegar na baía.
Naquele momento a rua estava interditada para manutenção, então havia vários turistas descendo a pé. Dali se vê a Coit Tower, à direita; trata-se de uma torre de 64 metros de altura localizada no topo do Telegraph Hill, de onde se tem uma vista 360 graus da cidade.
Eu já havia descido a Lombard de carro, então aproveitei para descer a pé também e observar a rua e as casas com calma. Quando o lugar é muito turístico, às vezes esquecemos que tem gente de verdade morando no local.
É bem interessante chegar ao final da ladeira e observar a sinuosidade da rua lá de baixo.
Subo a ladeira, embarco e retomo o meu rumo; em seguida já se avista a baía.
E chego ao final da linha Powell-Hyde.
A uma curta caminhada dali está a Ghirardelli Square. O local, um marco na cidade, já abrigou a primeira fábrica de chocolates da marca e conta com lojinhas e restaurantes.
Claro que é uma excelente opção para comprar os chocolates. Os quadradinhos recheados com caramelo salgado fazem sucesso.
O espaço verde em frente à Ghirardelli Square é incrível. Ali fica o Parque Nacional Marítimo de San Francisco e, mais uma vez, podemos avistar e suspirar pela Golden Gate.
O passeio ao longo da baía é muito convidativo para caminhadas e passeios de bicicleta. Tem até prainha (gelada)!
California Line
Eu utilizei essa linha para ir até o Ferry Building Marketplace, ponto de encontro de uma Gourmet Walk que tinha contratado.
O final da linha do bondinho é na California Street, e a mudança de cenário é evidente – casas e prédios antigos e baixos dão lugar aos prédios modernos e altíssimos do Financial District.
Sigo caminhando em direção ao Ferry Building Marketplace.
Uma caminhada curtinha. Peguei o lugar acordando, um ótimo momento.
Esse é o mercado mais legal do (meu) mundo. Incrível o espaço interno, a limpeza e o charme das lojas. E a quantidade de delícias gourmet que você pode comprar lá.
Dali saem barcos para outras regiões da baía. A parte externa tem uma vista incrível da Bay Bridge.
Depois, já com o grupo da Gourmet Walk reunido, retornamos ao Financial District. Contraste de antigo com contemporâneo de encher os olhos.
Não voltei de cable car, já que o final da caminhada foi na Union Square, pertinho do meu hotel.
Importante lembrar que essa linha passa por Chinatown, que sem dúvidas merece uma parada e um olhar mais atento. Trata-se da maior comunidade chinesa fora da Ásia.
É um mergulho em outro universo. Em alguns momentos causa até um certo desconforto, uma sensação de não ter sido convidado para a “festa”.
Aliás, havia uma festa. Era a chegada do ano-novo chinês.
Um dos fatos mais surpreendentes da viagem aconteceu lá. Conheci uma senhora comerciante que nunca tinha ouvido falar do Brasil – nadinha, nem Ronaldinho nem Gisele Bundchen.
E então, gostou das minhas “aventuras” de cable car por San Francisco? Vale ou não vale a pena? 😉
Delícia, delícia, delícia, Paty!
Voltei no tempo e relembrei nossas aventuras em São Francisco.
Pretendo voltar.
Parabéns pelo belo post!
Oi Sueli!
Obrigada! Até eu fiquei com vontade de voltar… Que cidade né?
Bj
Pati
Delícia,delícia,delícia, Paty!
Viagei no tempo e relembrei dias maravilhosos passados nessa cidade fantástica.
Parabéns!